americano.
Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus-russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus
primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock,
imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Mineapolis em 1959, voltou-se para a
folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantador folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em New York
em 1961.
Dylan já lançou mais de 45 álbuns desde 1962, quando lançou seu primeiro disco, “Bob Dylan”, dedicado ao folk
tradicional. Seu segundo álbum, “The Freewhellin’ Bob Dylan”(1963), contendo apenas canções de sua autoria,
consagrou o músico com o hit “Blowin’ In The Wind”, que se tornou um hino do movimento dos direitos civis. Além
desta, canções como “A hards-rain a gonna-fall”, “Masters Of War”, entre outras, tornaram-se clássicas como músicas
de “protesto”, embora Dylan mais tarde recusasse o rótulo de “cantor de protesto”. Estas músicas, que entre outras
compostas por ele, abordavam temas sociais e políticos numa linguagem poética, o tornaram um fenômeno entre os
jovens artistas folk da época, levando-o ao estrelato folk, principalmente após sua participação no Newport Folk
Festival de 1963, onde foi promovido pela “rainha” folk da época, a cantora Joan Baez. O sucesso do álbum “The Times
They Are-A-Changing” (1964) apenas consolidou esta posição.
Mas logo Dylan mudou de rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e voltando-se para canções mais
pessoais, instrospectivas, ligadas a uma visão muito particular de mundo. As questões sócio-políticas de seu tempo:
racismo, guerra fria, guerra do Vietnã, injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas,
amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e surrealistas, embaladas pela influência
da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e 1966, quando Dylan eletrifica a sua música, passa a tocar com uma
banda de blues-rock como apoio e choca a platéia folk, com sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que
Dylan já havia tocado rock’roll na adolescência e apreciava artistas country como Johnny Cash, que já trabalhavam
com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso dos Beatles e demais roqueiros britânicos na releitura do
rock americano também chamaram-lhe a atenção. Em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público
(mesmo sendo chamado de “traidor” por fãs do Dylan cantador folk), tornando-se cada vez mais influente entre
artistas contemporãneos (John Lennon que o diga) e lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com uma série
de canções clássicas de seu repertório: “Maggie’s Farm”, “Subterranean Homesick Blues”, “Gates of Eden”, “It’s
Alright Ma (I’m Only Bleeding)”, “Mr. Tambourine Man”, “Ballad Of A Thin Man”, “Like a Roling Stone”, “Just Like a
Woman”, entre outras, lançadas em seus álbuns mais inspirados: “Bringing It All Back Home” e “Highway 61 Revisited”
de 1965 e o duplo “Blonde on Blonde”, de 1966.
Em maio de 1966, após uma tumultuada turnê pela Inglaterra, devido ao formato rock dos shows, Dylan sofreu um grave
acidente de moto que o afastou dos palcos e gravações até 1968. Em seu retorno, supreendeu público e crítica com o
álbum “John Wesling Hardin”, fortemente influenciado pelo country, tendência que acentuou-se no trabalho seguinte,
“Nashville Skyline”, que trouxe o clássico “Lay Lady Lay” para as paradas. Limitando-se a apresentações esporádicas,
das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight em agosto de 1969, além de sua
participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison em 1971, Dylan só voltaria a realizar
turnês em 1974. (Wikipedia)
O que Bob Dylan produziu no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado muito abaixo de seus
melhores momentos. Apenas algumas canções destacam-se: “If Not For You” (1970), “Knockin’ on Heaven’s Door” (1973),
“Forever Young” (1974). Mas ao voltar às turnês, acompanhado pelo grupo The Band, retorna à evidência e ao sucesso,
principalmente pelo elogiado duplo ao vivo “Before the Flood” (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa,
Dylan produz “Blood On Tracks” (1975) e “Desire” (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica.
Deste último, a canção “Hurricane”, baseado na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, foi
um sucesso espetacular, ao mesmo tempo que a turnê Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada por crítica e público.
Mas após seu divórcio em 1977, da esposa Sara Lownes, com quem era casado desde 1965, Dylan viveu uma grande crise
pessoal, que refletiu-se em seu trabalho artístico. Depois de uma turnê mundial em 1978, em parte registrada no
duplo ao vivo “At Budokan” (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, ao converter-se e se filiar a uma
igreja. Foi o período mais controverso e polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu
repertório clássico e investir em canções religiosas. Nesta nova fase, “Slow Train” (1979) ainda traz momentos
inspirados: a canção “Gotta Serve Somebody” ganhou um Grammy, mas os discos seguintes são irregulares. (Wikipedia)
Com “Infidels”, de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e
parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado seu melhor álbum desde
Desire. As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar suas canções clássicas, marcam uma reconcialiação com
seu público. Em 1985 participa do especial We are the world com outros 40 grandes nomes da música estadunidense
-entre eles Michael Jackson, Tina Turner, Ray Charlie, Stevie Wonder - pela campanha contra a fome na África.
Dylan continua a gravar regularmente, buscando uma sonoridade “made anos 80″ ao mesmo tempo em que tenta preservar
seu estilo. “Down In The Grovy”, álbum de 1988, passou despercebido, contém várias covers, mas equivale a uma
declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que demarcam os gostos artísticos preferenciais do
artista. Depois de uma turnê com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lança o álbum “Oh Mercy” (1989),
elogiado pela qualidade inesperada das canções e volta às paradas com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com
os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison. (Wikipedia)
No início dos anos 90, Bob Dylan parece dar uma “parada” na carreira. Para comemorar e fazer um balanço de seus 30
anos de trajetória, ele volta a gravar folk tradicional, acústico, sem importar-se com o pouco apelo comercial deste
gênero nos dias atuais. Em 1992 é realizado um show-tributo em grande estilo, com a participação de vários nomes do
rock, country e do soul cantando suas músicas: Eric Clapton, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed,
Eddie Vedder entre outros.
Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997. O álbum “Time Out
Of Mind” ganharia vários prêmios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada
pela qualidade de “Love and Theft” (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500
melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou Like a Rolling Stone, de Bob Dylan. Atualmente registra-se um
novo interesse pela vida e obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento
do documentário “No Direction Home”, de Martin Scorsese, que flagra os anos iniciais de sua carreira (1961-1966) e,
mais recentemente, com “Modern Times”, seu novo álbum lançado em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira,
Dylan conquistou a liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos, vendendo 192.000 cópias na primeira
semana. A última vez que Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum “Desire”, de 1976,
que ficou 5 semanas no topo das paradas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco “Blood On The
Tracks”, em 1975, e com “Planet Waves”, no ano anterior.
DISCOGRAFIA.
The Freewheelin’ Bob Dylan - 1963.
The Times They Are A-Changin’ - 1964.
Another Side of Bob Dylan - 1964.
Bringing It All Back Home - 1965.
Highway 61 Revisited - 1965.
Blonde on Blonde - 1966.
John Wesley Harding - 1967.
Nashville Skyline - 1969.
Self Portrait - 1970.
New Morning - 1970.
Pat Garrett & Billy the Kid - 1973.
Dylan - 1973.
Planet Waves - 1974.
Before the Flood - 1974.
Blood on the Tracks - 1975.
The Basement Tapes - 1975.
Desire - 1976.
Hard Rain - 1976
Street Legal - 1978.
Bob Dylan at Budokan - 1979.
Slow Train Coming - 1979.
Saved - 1980.
Shot of Love - 1981.
Infidels - 1983.
Real Live - 1984.
Empire Burlesque - 1985.
Biograph - 1985.
Senha: lagrimapsicodelica
Knocked Out Loaded - 1986.
Down in the Groove - 1988.
Oh Mercy - 1989.
Under the Red Sky - 1990.
Good as I Been to You - 1992.
World Gone Wrong - 1993.
MTV Unplugged - 1995.
Time Out of Mind - 1997.
Love and Theft - 2001.
Live at The Gaslight (1962) - 2005.
Modern Times - 2006.
Senha: oneil
Álbuns extras e com outros Artistas.
The Bootleg Series Vols. 1-3: Rare & Unreleased 1961-1991.
The Bootleg Series Vol. 4 - Live 1966: The “Royal Albert Hall” Concert - 1998.
The Bootleg Series Vol. 5 - Live 1975: The Rolling Thunder Revue - 2002.
The Bootleg Series Vol. 6 - Live 1964: Concert at Philharmonic Hall - 2004.
The Bootleg Series Vol. 7 - No Direction Home: The Soundtrack - 2007.
San Fransisco Nights - Neil Young & Bob Dylan - 1975.
Se pedir senha: by Bruno
The Unreleased Live Album & The Gratefull Dead - 1987.
Dylan & The Dead - 1998.
Cocaine Blues (Minesota Hotel Tape) - 1999.
The Essential Bob Dylan - 2004.
House Of Blues - 2008.
Various Artists - The 30th Anniversary Concert Celebration -1993.
Various Artists - I’m Not There - 2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário